Morre aos 95 anos o cônego Cláudio Barradas, referência na fé e no teatro paraense

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Claúdio de Souza
Foto: Fundação Nazaré

Faleceu na manhã desta segunda-feira (30), em Belém, o cônego emérito Cláudio de Sousa Barradas, aos 95 anos. A causa da morte não foi informada. De acordo com familiares, ele estava internado em um hospital da capital paraense. O velório será realizado na Catedral Metropolitana de Belém a partir das 17h.

Natural de Belém, Cláudio Barradas construiu uma trajetória singular que uniu religiosidade e arte. Nascido em 4 de janeiro de 1930, iniciou sua formação sacerdotal ainda adolescente, aos 13 anos. Foi ordenado padre em 25 de janeiro de 1992 por Dom Vicente Joaquim Zico, iniciando uma caminhada de mais de três décadas de dedicação à Igreja Católica no Pará.

Durante sua vida pastoral, atuou em diversas paróquias da Região Metropolitana de Belém, incluindo a Catedral Metropolitana, a Paróquia Jesus Ressuscitado e a Igreja Nossa Senhora das Mercês. Também foi pároco na Igreja Santa Isabel de Portugal, no município de Santa Isabel do Pará. Reconhecido por sua liderança, recebeu o título de cônego emérito do Cabido Arquidiocesano e exerceu a função de Vigário Episcopal da Região Santa Cruz.

Além do ministério religioso, Cláudio Barradas teve grande importância para a cultura amazônica. Foi ator, dramaturgo, professor e jornalista. Nos anos 1950, trabalhou como diretor de radionovelas na Rádio Clube do Pará e participou de teleteatros na antiga TV Marajoara. No cinema, colaborou com o cineasta Líbero Luxardo em quatro produções.

Foi também um dos fundadores da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) e teve seu nome eternizado no Teatro Universitário Cláudio Barradas, inaugurado em 2009.

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