Brasil tem 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo, de acordo com o Censo 2022
Dados foram divulgados na última sexta-feira (23) pelo IBGE, que pela primeira vez incluiu um levantamento sobre autismo no Censo.

O Brasil possui 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), o correspondente a 1,2% da população do país. A prevalência é maior é entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%), com destaque para as crianças de 5 a 9 anos que apresentou o percentual de 2,6%.
Os dados são do “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados preliminares da amostra”, divulgados na última sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que pela primeira vez fez incluiu um levantamento sobre o número de pessoas com autismo no Censo.
Segundo o IBGE, a maior concentração do diagnóstico de TEA entre os mais jovens reflete a evolução dos métodos diagnósticos e maior atenção nas escolas e famílias. Por outro lado, isso evidencia os desafios persistentes de inclusão educacional e social.
No quesito raça/cor/etnia, o maior percentual de diagnóstico foi registrado entre brancos (1,3%), enquanto indígenas apresentaram o menor (0,9%). O Censo também aponta que o Sudeste concentra o maior número absoluto de pessoas com TEA, seguido pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.
Deficiência Física
O Censo 2022 também mapeou os tipos de deficiência física que mais atingem a população brasileira. São elas: dificuldade permanente para enxergar (4%); dificuldade permanente para andar ou subir degraus (2,6%); dificuldade permanente para pegar pequenos objetos (1,4%); dificuldade permanente para falar, trabalhar ou estudar devido a limitações mentais (1,4%); e dificuldade permanente para ouvir (1,3%).
Entre as pessoas com deficiência a maioria são os adultos com idade entre 50 e 69 anos (35,3%), pardos (6,4 milhões) e que moram na região Nordeste (19,5%).
Outro ponto a destacar revelado pelo Censo 2022 é o cenário de grande desigualdade para a população com deficiência, onde o analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais foi de 21,3%, mais do que o triplo da meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Com informações da Agência IBGE Notícias.