AquaPraça: Belém vai ganhar praça flutuante para a COP 30
Após apresentação no evento italiano, a estrutura se tornará um marco permanente na Amazônia, se integrando à infraestrutura cultural da capital paraense.
A “AquaPraça”, uma praça flutuante que será exposta na 19ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, na Itália, no dia 4 de setembro de 2025, vai embarcar em uma viagem transatlântica até o Brasil, mais precisamente até a cidade de Belém, onde integrará o Pavilhão Italiano na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada de 10 a 21 de novembro deste ano, na capital paraense.
Concebida como um espaço de integração para o diálogo global sobre o clima, ela será doada às autoridades locais após o encerramento do evento das Nações Unidas. A ideia é que a praça se torne um marco flutuante permanente na Amazônia, como parte da infraestrutura cultural de Belém do Pará.
Projetada pelos escritórios Carlo Ratti Associati e Höweler + Yoon, com inspiração no Teatro del Mondo, criado por Aldo Rossi, em 1979, a estrutura foi descrita como “praça cultural”, possui 400 m2 e pode receber mais de 150 pessoas para exposições, workshops, simpósios e outros eventos.
O projeto busca aproveitar tecnologias responsivas e o princípio de Arquimedes para se adaptar à elevação do nível das águas e às diferentes demandas de ocupação, explorando novas relações entre a arquitetura e a água.
Segundo André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, o conceito de fórum flutuante é verdadeiramente inovador e se alinha à visão da conferência climática. Trazer essa estrutura para o Brasil cria uma presença marcante e simbólica no evento, destacando o compromisso do Brasil com a sustentabilidade, além de servir como um legado duradouro e um lembrete contínuo da importância da sustentabilidade, disse.
A vinda da AquaPraça ao Brasil vai se dar em parceria entre o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália, o Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, em colaboração com o CIHEAM Bari, o programa Connect4Climate do Grupo Banco Mundial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e a Bloomberg Philanthropies.
Edição: Fabrício Mattos