OMS recomenda medicamento injetável de longa duração para prevenção do HIV

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Frasco do medicamento
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso do medicamento injetável lenacapavir como opção de prevenção ao HIV. O anúncio foi feito na última segunda-feira (14) e marca, segundo a entidade, uma decisão histórica na resposta global ao HIV.

De ação prolongada, o lenacapavir pode ser administrado apenas duas vezes por ano, oferecendo uma alternativa eficaz aos tratamentos orais diários. A OMS destaca que o fármaco representa um avanço especialmente para pessoas que enfrentam dificuldades com a adesão contínua a medicamentos, além de barreiras como estigma e acesso limitado a serviços de saúde. 

Embora ainda não exista uma vacina, o medicamento é a “segunda melhor coisa”, de acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Dados da organização apontam que, até o final de 2024, mais de 40 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo, 65% delas na África. No mesmo período, cerca de 630 mil pessoas morreram em decorrência de doenças relacionadas à infecção.

Riscos com cortes de financiamento

O Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) alerta que os recentes cortes de financiamento dos Estados Unidos podem resultar em até 6 milhões de novas infecções e mais de 4 milhões de mortes até 2030.

Na União Europeia, o lenacapavir já é utilizado no tratamento de adultos com HIV, especialmente em casos de resistência a outros medicamentos, sendo administrado em combinação com outros antirretrovirais.

Com informações da Agência Brasil.